terça-feira, 28 de setembro de 2010

Conhecendo o TREKKING

Origem do Esporte:


A palavra trek tem sua origem na língua africâner. Ela passou a ser amplamente empregada no início do século XIX, pelos vortrekkers, os primeiros trabalhadores holandeses que colonizaram a África do Sul .

O verbo trekken significa migrar e carregava uma conotação de sofrimento e resistência física, numa época em forma mais comum de se locomover de um ponto para outro era caminhando.

Quando os britânicos invadiram a região e estabeleceram seu domínio político na África, a palavra foi absorvida pela língua inglesa e passou a designar as longas e difíceis caminhadas realizadas pelos exploradores em direção ao interior do continente, em busca de novas descobertas, como a nascente do rio Nilo e as neves do monte Kilimanjaro.

Mais tarde, chegaram os aventureiros em busca de fortes emoções, normalmente encontradas em regiões distantes e de difícil acesso, só atingidas após longas caminhadas em terrenos acidentados. Eram os novos trekkers.

Atualmente, utiliza-se a palavra também em português, significando caminhadas em trilhas naturais em busca de lugares interessantes para se conhecer, possibilitando um maior contato com a natureza.

“O prazer da caminhada é o de desfrutar paisagens inéditas, que não estão ao alcance de qualquer um; uma sensação de privilégio de ir a lugares aonde poucos chegam, o de ver coisas que poucos viram; o de superioridade, força, autoconfiança e autoconhecimento”.(Beck, 1994).

O Trekking de Regularidade como modalidade esportiva

O esporte Trekking de regularidade é uma modalidade genuinamente nacional, que ainda não existe em outros países. É praticado desde 1986, conta hoje com cerca de 7.000 praticantes, que se encontram para competições de 34 organizadores, espalhados por 15 estados. Possui federações estaduais ativas (SP, MG e ES) e em processo de implementação (RJ, PR e RO).

Também chamado de Enduro a Pé, é um jogo colaborativo de estratégia, que reúne contato com a natureza e atividade física moderada numa saudável disputa entre equipes amigas.

O Esporte consiste em caminhar por um percurso subdividido em trechos, seguindo uma planilha elaborada pela organização, em velocidades médias que desestimulam a corrida e exige o trabalho em equipe. São inseridas técnicas básicas de navegação e cálculos, vencendo a equipe que realizar o percurso e mais se aproximar do tempo ideal definido pelo organizador.

Para participar da competição são necessários, no mínimo, três integrantes (no máximo 6), com as seguintes funções:

- navegador – interpreta a planilha e determina a direção a ser seguida.
- contador de passos – mede as distâncias percorridas.
- calculista – controla o ritmo da caminhada.

Principais pontos positivos do Trekking de regularidade:

Lazer – diversão democrática sem restrições quanto a idade, preparo físico ou sexo.

Saúde – caminhada, atividade física de leve a moderada, sem impacto.

Turismo – reúne um grupo de pessoas e as leva para locais diferentes.

Trabalho em equipe – exige harmonia na interação entre os integrantes das equipes.

Contato com o meio ambiente – predominantemente em ambientes naturais, a diversão pode ser também urbana, colocando os participantes em contato com os elementos locais.

Superação de obstáculos – propõe, além do desafio de se aproximar do percurso ideal, a superação de dificuldades de comunicação interpessoal, das limitações pessoais e dos obstáculos do trajeto.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Entendendo os Esportes Radicais!!!


Desde a década de 60, uma nova tendência esportiva vem crescendo vertiginosamente: são os esportes não-formais, aqueles cuja principal característica é fugir do trivial, ou seja, escapar dos convencionais esportes coletivos praticados com bolas em quadras ou campos. Mais do que simples práticas esportivas, essas modalidades constituem um estilo de vida, já que, embutido nelas, encontra-se um modo de se vestir, falar, comportar-se, enfim, um cotidiano próprio.

Além disso, uma condição quase essencial é o contato com ambientes naturais — como praias (surfe, windsurfe, paraglide), bosques (paintball), florestas e montanhas (montanhismo e escalada técnica), cachoeiras (rapel), rios (canoagem), até mesmo o ar (pára-quedismo) ou ambientes arquitetônicos adaptados à prática — a urbanidade das ruas, praças, escadarias, corrimões, etc. (esqueite, patinação on line, ciclismo), pontes e viadutos (bungee jumping) e estradas secundárias, na sua maioria, de terra (rally). Assim, de acordo com a escolha do espaço físico, a maioria dessas atividades ganha bastante em emoção, pois o praticante geralmente está submetido a intempéries, principalmente naqueles esportes em contato com a natureza, ou correndo risco por estar exposto a um ambiente urbanizado cuja finalidade não é a prática esportiva, portanto, estando também sujeito a imprevistos. Não é difícil, então, supor o motivo da nomenclatura desse tipo de modalidade: esportes radicais.

É interessante observar que a gama de esportes radicais atende a todos os perfis de atleta. Alguns requerem um investimento alto para a compra de equipamentos, enquanto outros quase não os utilizam ou têm custos relativamente baixos. O número de praticantes também é bastante flexível, variando de uma pessoa até algumas centenas. Além disso, o próprio local da prática esportiva é diversificado: vai desde praias e mar, passando por ruas e estradas, e chega a sistemas ecológicos ricos, como matas, florestas e montanhas. A escolha depende do gosto de cada um.
Essas modalidades são riquíssimas em benefícios à saúde de seu praticante, mas, para isso, o futuro atleta deve estar atento a alguns fatores. O mais importante é se informar bastante sobre como é a modalidade — por exemplo, quais são os equipamentos necessários para garantir segurança e onde ela pode ser aprendida com instrutores capacitados. Caso não exista nenhuma “escolinha” específica sobre a modalidade, a solução é procurar pessoas que já a pratiquem por um bom tempo e pedir auxílio.

Os profissionais altamente treinados em suas modalidades afirmam que os praticantes que se submetem a riscos desnecessários não são radicais, mas ignorantes! Assim, o ideal é usar o material de segurança e não tentar fazer nada sem saber a conseqüência que pode acarretar. Vale lembrar que, antes de tentar uma manobra ou atitude radical, é sempre bom treiná-la em um ambiente simulado e, de preferência, também controlado por pessoas capacitadas.

O que são os esportes radicais?

São assim considerados de esportes radicais, pois oferecem mais riscos do que os esportes em geral, o que os torna mais emocionantes, já que exigem um maior esforço físico e maior controle emocional. Eles também são assim chamados porque estão envolvidos em situações extremas de limite físico ou psicológico dos participantes. No início, eram considerados esportes radicais a prática do paraquedismo, snow board e vôo livre. Com o tempo, atividades como o rafting, trekking, cannoying, verticália, entre outras, foram incorporadas à lista dos esportes de aventura.